Roteiro da cachaça no Vale do Itajaí

Rota inclui dez alambiques em Luiz Alves. A cidade produz um milhão de litros de cachaça por ano e quase todas as marcas são premiadas.

O turismo no Vale do Itajaí remete a cerveja, um setor forte na região. Mas outra opção é a cachaça. As mais premiadas do estado estão em Luiz Alves, que fica a uma hora e meia de Florianópolis. O roteiro inclui dez alambiques.Do barril de carvalho direto para taça. A bebida que já foi marginalizada se transformou em destilado nobre. Uma tendência que impulsiona o turismo.Luiz Alves já teve mais de cem alambiques. Atualmente o número é menor, mas o produto ainda é muito forte no local. Por isso os produtores se uniram para fazer um roteiro.

O Turismo é de experiência. Quem chega ao lugar, conversa com os próprios produtores e conhece a rotina de quem vive da cachaça."Isso é antigo e a gente também tem essa tradição. Porque não levar adiante? A gente espera que a geração que está chegando continue", deseja o produtor Robson Wruck."A tradição de fazer cachaça diferente já é muito antiga. O meu tataravô quando veio ao Brasil, em 1925, legalizou um alambique. A gente segue o mesmo padrão que a gente seguia na época", conta o presidente da Associação dos produtores (Apcali), Orécio Rec

"Faz bem para mim. A saúde fica até melhor tomando uma cachacinha. Não pode exagerar, mas uma pinguinha sempre faz bem", garante."A maioria dos produtores, por serem artesanais, não têm os produtos em todos os mercados. Eles vendem no estabelecimento deles, justamente para instigar o visitante a vir para o município, conhecer a rota da cachaça", diz o secretário de Turismo Vandrigo Wust.O visitante também consegue conhecer o processo de fabricação da cachaça. Por ano, Luiz Alves produz um milhão de litros de cachaça. Quase todas as marcas são premiadas."As mais premiadas são as mais antigas até porque quando a gente participa de concurso dessa magnitude, a gente manda o que tem de melhor", diz o produtor Márcio Van Dem Bylaardt.